quarta-feira, 26 de março de 2025

Coréia onde a paixão era mais forte!

               

Quando da construção do estádio, na década de 1960, o Inter reservou um espaço na sub-geral ou popular, que se chamava “Coréia”. Este espaço comportava em torno de 18 mil pessoas, em pé. Era um espaço semelhante ao que havia no Maracanã.
Fotos da “Coréia” década 1990

Era um lugar emblemático, diferenciado. Um lugar popular, com preço acessível, onde o torcedor ficava quase “no ouvido do técnico” e dos jogadores. Como dizia o Ostermann, um lugar onde certamente o ‘Charuto’ – torcedor símbolo do Inter nos tempos do Eucaliptos- amaria assistir os jogos do seu time do coração. Mas o tempo passa e tudo muda. E as adequações às estruturas desportivas são necessárias.

O nome “Coréia” começou a circular no futebol brasileiro na década de 50, em menção as brigas intensas que ocorriam entre as torcidas adversárias – pois sim, elas ficavam juntas no mesmo espaço- no estádio do Maracanã e fazendo uma analogia a guerra da “Coréia” de 1948. O mundo do futebol tem essa mistura de tudo que faz parte da realidade coletiva, social.

Em 2003 o Internacional teve que readequar seu estádio. O Estatuto do Torcedor, Lei nº10.671/03, exigia que o clube seguisse a orientação da Confederação Brasileira de Futebol e a “Coréia” colorada deu lugar ao setor popular. No ano de 2004, dois setores de arquibancadas inferiores, que ficam atrás das goleiras e foram denominadas de Popular Gigantinho e Popular Placar substituíram a antiga “Coréia”.
O show tem que continuar...é a popular Arquibancada Colorada 22/Maio de 2004 p.8

O clube se adequou e show do futebol continuou, a torcida sempre junto e juntos conquistou-se o Mundo. E o mundo conheceu a força do Povo Colorado ocupando todos os espaços de seu estádio, mandando ver no Gigante da Beira-Rio.

E veio a Copa do Mundo de Futebol, 2014, e mais uma vez o Estádio dos Colorados foi sede de jogos oficiais.

Na era moderna do estádio ficamos com a lembrança de um espaço referência na história colorada e com a certeza de que o torcedor estará sempre junto ao Sport Club Internacional. 
Texto: bibliotecária Ana Maria Bicca

Fontes:
Acervo Núcleo de Memória do Sport Club Internacional (Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil - FECI/Museu do Inter Ruy Tedesco) e @scinternacional
Jornal da Tarde 01/10/1975, Arquibancada Colorada 22/05/2004 (disponíveis para consulta na Biblioteca Zeferino Brazil)


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