Glória do desporto nacional!

Oh, Internacional

Que eu vivo a exaltar

Levas a plagas distantes

Feitos relevantes

Vives a brilhar

Correm os anos, surge o amanhã

Radioso de luz, varonil

Segue a tua senda de vitórias

Colorado das glórias

Orgulho do Brasil

terça-feira, 30 de maio de 2023

Vicente Rao: O soberano dos três reinados populares 👑





Para a 7ª Semana Nacional de Arquivos, que tem como tema "Arquivos: Territórios de Vida", apresentamos a exposição: 

Vicente Rao: O soberano dos três reinados populares.

Figura carismática e fundamental na história social e esportiva do clube e da cidade, Rao sempre foi sinônimo de vida.
Seu acervo é composto de documentos, objetos e imagens que contam sua história com o clube que escolheu para amar e da própria sociedade, trazendo elementos de um cotidiano em que distribuía alegria e solidariedade.

Obs.: A Exposição terá abertura para convidados no dia 05/06/2023 e a partir do dia 06/06/2023 ficará disponível para visitantes do Museu do Inter.

💓⚽
Vicente Rao nasceu em 04 de abril de 1908, exatamente um ano antes do Sport Club Internacional ser fundado. Faleceu em setembro de 1973, deixando um grande legado ao colorado.

Na década de 1930, Rao atuou como jogador profissional do Inter e mesmo não seguindo como jogador continuou tendo uma forte ligação com o Clube, ligação essa que o fez criar as primeiras escolinhas de futebol do Sport Club Internacional.

Além de jogador, foi Rei Momo, chefe de Torcida Organizada e professor das escolinhas do Inter, e Papai Noel oficial de Porto Alegre. 

Vestido de Rei Momo e Papai Noel

Com o time juvenil

Torcedores
Fontes: Acervo Núcleo de Memória do Sport Club Internacional (Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil/Museu do Inter Ruy Tedesco)






















sexta-feira, 12 de maio de 2023

‘Memorabília’, o que é? ⏳⏰📜

Memoriabília: Fatos ou objetos, dignos de serem rememorados, que se guardam na lembrança.
Objetos associados a pessoas famosas ou eventos importantes, considerados dignos de memória e que se tornam itens de colecionadores.
Distintivo da década - 1930 
A origem é do latim memorabilia. Memória. Memorável. Em diversos lugares, as memoriabílias são itens que movimentam um mercado de colecionadores que estão sempre garimpando objetos, selos, livretos inéditos ou raros.
No esporte, existem diversos objetos e admiradores que quando se encontram geram um valor cultural admirado por colecionadores.
Olha só estes documentos e objetos parte do nosso acervo histórico e que fariam bonito em qualquer coleção e seria a alegria de muitos colecionadores!!!
Ficha do jogador Bibano Pontes - 1965
Medalha jogador Dorinho- vice campeão Torneio Robertão/1967

Card jogador Falcão

Cartão telefônico - CRT/1999

Álbum inauguração estádio Beira Rio
Carteira de sócio - 1950

Boneco do mascote Saci
Fontes:
Acervo /Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil/Sport Club Internacional

terça-feira, 4 de abril de 2023

O mundo em 1909 📜⏳⏰

Jornal A Federação - Veja mais!
⏳ O que acontecia em 1909? Quando os irmãos Henrique Poppe Leão, José Eduardo Poppe e Luiz Madeira Poppe fundaram o Sport Club Internacional.

Porto Alegre tinha em torno de 120 mil habitantes. Administrada pelo intendente José Montaury estava em expansão, com ruas mais largas, iluminação pública.

O futebol não era o esporte mais popular, nos jornais tinha mais informações sobre o remo, o turfe e o ciclismo. 

E é neste tempo que inicia a história de paixão e vitórias do Clube do Povo! O texto da bibliotecária do Sport Club Internacional, Ana Bicca, conta um pouco sobre esta história!

Há 114 anos nascia um Clube com corpo e alma. Um Clube repleto, desde seus primeiros momentos, de participação social, um Clube nascido das emoções. Erigido na união das diferenças com alicerce de luta.

114 anos de SPORT CLUB INTERNACIONAL. Um clube que nasceu em uma Porto Alegre onde efervescia a modernidade e o crescimento. Um Clube que se elevava entre os ditames sociais e decretava igualdade e participação popular. Todos sabemos que os fundadores do INTERNACIONAL eram pessoas de todas as classes sociais, que se uniram em torno de uma prática esportiva, que se firmava no lazer social, forjando nessa atividade a oportunidade de inclusão e acolhimento.

Entender o contexto da sociedade que gerou este Clube é saber um pouco do que acontecia em 1909. Esta é a singela proposta deste texto, embasar sucintamente um pouco do muito que acontecia há 114 anos.

Em Porto Alegre, no ano de 1909, os velhos lampiões que iluminavam a cidade foram apagados pela última vez. Nesse ano a Cia. Fiat Lux passou a fornecer luz 24h para a cidade.

A Escola Técnica de Comércio foi fundada, dando opção de aprendizado. No turfe, o grande Prêmio Bento Gonçalves, foi disputado pela primeira vez junto ao Prado Riograndense que se situava na antiga rua 13 de maio, atual avenida Getúlio Vargas, ali onde hoje é a Secretaria Estadual da Agricultura.

No ano de 1909, o arquiteto francês Maurice Gras chegou ao Rio Grande do Sul e apresentou o projeto para a construção do Palácio do Governo do Estado. Que deu origem ao Palácio Piratini. A linha férrea do estado aumentava o percurso, partindo da região de Novo Hamburgo até a cidade de Carlos Barbosa.

Na área da ciência, a Faculdade de Medicina construiu, no terreno da Santa Casa de Misericórdia, o primeiro Instituto de Anatomia. E o jornalista Caldas Júnior empreendeu uma campanha através de seu jornal para auxiliar a construção do pavilhão na Santa Casa, que trataria dos enfermos por tuberculose.

                             Campo ao fundo, a direita - fonte   http://lealevalerosa.blogspot.com/search?q=1909

No Brasil, em 19 de setembro aconteceu a primeira corrida de automóveis, no circuito de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. E outros times de futebol foram criados neste ano. Por aqui, Porto Alegre crescia e junto com ela o mundo vivenciava reflexos de profundas mudanças. Na área desportiva, no mesmo ano que os brasileiros registravam o nascimento do Sport Club Internacional, a Alemanha via surgir o Borussia de Dortmund. Na Áustria nascia Peter Drucker, considerado o ‘pai’ da gestão por objetivos. Nos Estados Unidos as mulheres, trabalhadoras nas indústrias norte-americanas, realizaram a “Greve das 20 mil”, que reivindicava melhorias nas condições de trabalho.

https://www.dmtemdebate.com.br/22-de-novembro-de-1909-tem-inicio-a-greve-das-20-mil-importante-paralisacao-trabalhadora-de-trabalhadoras-mulheres/


No México, em 1909, ocorreu o levante de Emilio Zapatta e Pancho Villa. Nos EUA foi comemorado pela primeira vez o ‘dia das mães’. Fritz Hoffmann descobriu a borracha sintética e Leo Baekeland inventou a baquelite.
Revisitar acontecimentos, falar de inventos e movimentos sociais...onde entra o Nosso Sport Club Internacional nisso...? Entra em tudo. Pois podemos compreender um pouco do que viviam aqueles que fundaram o Clube do Povo do Rio Grande do Sul.
Este texto é uma tentativa, uma esperança de chegarmos um pouco mais perto da realidade que se fazia quando o Internacional nascia. O âmago deste Clube é o seu povo e suas vivências.

Parabéns aos COLORADOS, que carregam a essência de luta e igualdade.

Fontes:
Acervo /Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil/Sport Club Internacional
Reportagem de Aleco Mendes – Revista do Inter nº 83
Livro Porto Alegre – Ano a Ano de Sérgio da Costa Franco

quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia da mulher e a profissional arquivista!📕📋📜

📕📋📜Todos os dias são das mulheres, mas vamos aproveitar esta data para convidar para uma reflexão do papel da mulher na Arquivologia. Para isso indicamos duas leituras.

Conhecer profissionais como Marilena Leite Paes e Helena Corrêa Machado que participaram ativamente na fundação e organização da Associação de Arquivistas Brasileiros, e ainda, Ieda Pimenta Bernardes, Heloísa Bellotto e Ana Maria Camargo fundamentais na produção científica da área, constituindo-se inclusive como referências internacionais.

 

O PIONEIRISMO DA MULHER NA ARQUIVOLOGIA BRASILEIRA

Este evento teve por motivação a análise da atuação das mulheres na constituição da Arquivologia como campo científico no Brasil e suas contribuições para o desenvolvimento deste.

Para ler os artigos produzidos:

Link: https://www.even3.com.br/anais/simposiointernacionaldearquivos/


A Revista História e Cultura, editada pelos discentes do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, reuniu, sob o dossiê intitulado “História, arquivos e mulheres: perspectivas interdisciplinares”, organizado pela Profa. Dra. Marina Mazze Cerchiaro (Pós-doutoranda pelo Museu de Arte Contemporânea da USP) e Profa. Me. Carolina Alves (Doutoranda em Ciências Sociais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro), diversos artigos dedicados a pensar as relações entre arquivos e mulheres.

Link:file:///C:/Users/ymenegaz/Downloads/163-113-PB%20(1).pdf

No Inter somos profissionais que preservamos a memória do clube, utilizando das técnicas da Arquivologia com muito carinho e profissionalismo. 📕📋📜

Fontes:
Acervo /Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil/Sport Club Internacional
Simpósio Internacional de Arquivos / 2020
Revista História e Cultura - julho/2022


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Ruy Almirante AugustoTedesco

Ruy Tedesco nasceu em 05 de dezembro de 1921, em Bento Gonçalves/RS. Jovem, veio para capital a fim de completar os estudos. Em 1943 ingressou na escola de engenharia da Universidade do Rio Grande do Sul. Foi estagiário no Departamento Nacional de Obras e Saneamento, onde ficou até sua formatura e posteriormente como engenheiro.
Em 1948 fundou a Construtora Tedesco e foi através dela que realizou o sonho colorado do novo estádio.
O gosto pelo esporte vinha desde quando aluno, onde atuou em provas de atletismo e também na equipe de futebol da escola. Mais tarde jogou no Americano Universitário, clube já extinto da capital.
Nome: Sport Club Americano Universitário
Cidade: Porto Alegre/RS
Endereço:
Fundação: 04.07.1912 (a partir da década de 30 com esta nomenclatura)
Estádio: Campo da Rua Larga
Cores: bordô, preto e branco
Status atual: amador/extinto. Extinto na década de 40.
Fonte: https://timesdors.blogspot.com/2014/07/nome-sport-club-americano-universitario.html

                                                Fonte: https://historiadofutebol.com/blog/?p=10348
Na época o Inter tinha o Rolo Compressor e jogadores como Tesourinha, Nena, Ávila, Adãozinho que alegravam aos seus torcedores, entre eles o jovem Ruy e seu amigo Telmo Thompson Flores que atuava no DNOS e foi um dos responsáveis pela materialização do sonho do novo estádio. Em 1956, Ephraim Pinheiro Cabral através de sua atuação parlamentar como vereador, obteve a área do Guaíba, mas para tornar viável a construção da grande obra, Telmo utilizou a Draga Ster e começava a nascer o estádio saído das águas.
Tedesco foi um estudioso das grandes obras, o que fez com que fosse a pessoa ideal para ser indicada para a responsabilidade de assumir a comissão técnica para a construção do novo estádio.
A Comissão de Obras foi organizada por José Pinheiro Borda, que foi presidente do Conselho Administrativo do Sport Club Internacional e da Comissão de Obras do Estádio Beira-Rio. Colorado apaixonado, dedicou os anos finais da sua vida ao Clube, trabalhando incansavelmente para a construção do Estádio Beira-Rio. Faleceu em 25 de abril de 1965, anos antes da inauguração do estádio.
A primeira grande Comissão de Obras do Estádio era formada por:
Presidente:
José Pinheiro Borda
Vice-presidente:
Ephraim Pinheiro Cabral
Comissão Técnica:
Engº Telmo Thompson Flores
Engº Ruy Tedesco
Contabilidade:
Aldo Dias Costa
Hugo Martins Martinez
Tesouraria:
Arno Larsen
Paulo Reginatto
Jader Souza
Comissão de Compras:
Manoel Tavares da Silva
Eraldo Herrmann
José Asmuz
Presidente do Internacional:
Luiz Fagundes de Mello
Secretário do Internacional:
Marcelo Genta




José Pinheiro Borda ao centro e Ruy Tedesco a esquerda
- Fonte: livro Gigante para Sempre/Sport Club Internacional - BB Editora-2014

Fonte: Álbum Gigante da Beira-Rio - 1969
Fonte: Suplemento especial ZH - 05/04/1969 - detalhe da pág. 8

A fotografia abaixo, ilustra um momento único na história do Sport Club Internacional. 
Final do ano de 1969 início dos anos 70, os Colorados já haviam inaugurado o grandioso Estádio Beira-Rio dando continuidade a  “(...)sua senda de vitórias(...)” .  E estes ilustres Senhores, membros da Comissão de Obras da Construção do Beira-Rio cientes da grandeza e da relevância da obra que haviam entregue a Nação Colorada, prosseguiram a trabalhar incansavelmente para continuar edificando as Vitórias do Clube do Povo.
Em pé (esquerda p/direita): Leo de Moura Centeno; Petronio Caparelli; Gomercindo Lins Coitinho; Waldemar Kuhn; Lucio Ignácio Regner; José Martins; Ruy Almirante Augusto Tedesco; Romualdo Skowronsky; Major Vitor Murari; José Luiz Falcão Oliveira; Irno Tombini; Eligio Meneghetti - Sentados (esquerda p/direita): Dr.Gildo Russowsky; Aldo Dias Rosa; Carlos Stechmann; Leonardo Almeida Bernardi; Luiz Otávio Pellegrini. (Membros ausentes:Renato Costa Leite; Eraldo Herrmann e Ivo Corrêa Pires) 

 Fontes:
Acervo /Arquivo Histórico SCI/Biblioteca Zeferino Brazil
Livro o Gigante da Beira Rio - Carlos Lopes dos Santos - 1983 - páginas 191 a 195
Suplemento especial ZH - 05/04/1969 - pág. 08
Livro Gigante para Sempre/Sport Club Internacional - BB Editora-2014 - página 37
Álbum Gigante da Beira-Rio - 1969


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Porque casamata? E outras metáforas do futebol!!⚽⚽




Casamata - Estádio Eucaliptos - Foto Acervo Daltro Menezes
Você sabe o que é casamata? E artilheiro ou capitão? As metáforas na linguagem do futebol que tem origem a atividade militar fazem parte do dia a dia de comentaristas, torcedores e atletas.
Casamata - Estádio Beira Rio - Foto Sport Club Internacional
Como não lembrar do nosso eterno capitão? Em 2004, seu primeiro jogo o meia/ atacante que chegava para somar no elenco Colorado. Sua estreia no GRENAL, jogo valendo pela Copa Sul Americana. Foi com o gol 1000 em GRENAL que Fernandão começou a construir sua trajetória vitoriosa.
Fernandão comemora o gol 1000 - Beira-Rio, 10 de julho de 2004 - Foto de Mauro Vieira
Carlitos foi o grande goleador do Rolo Compressor, atuando durante 14 anos, marcando 485 gols e o maior artilheiro da história dos Gre-Nais. Sempre brincalhão, chegou a prender a camiseta do jogador adversário no gancho da rede. Autor de um eterno e memorável feito na história colorada, o "Gol do Plano Inclinado". Fiel ao clube, jamais defendeu outro time em sua longa carreira.

Fonte da imagem: Detalhe de página - Revista Colorada/Edição nº6 Jul/Ago-1958 - Biblioteca Zeferino Brazil/FECI

Buscamos ilustrar esta postagem com um texto que aborda o futebol além das quatro linhas!
Esse artigo de João Machado de Queiroz acessado em:
https://www.monografias.com/pt/trabalhos2/metaforas-linguagem-futebol/metaforas-linguagem-futebol2.shtml é uma adaptação de um capítulo da tese de doutoramento, apresentada na Unesp, Campus de Assis –SP, intitulada Vocabulário do Futebol na Mídia Impressa: o glossário da bola.

Mesmo que as palavras existentes em um sistema lexical sejam portadoras de acepções diversas, o sentido por elas veiculado situa-se em apenas dois planos: a) significado denotativo e b) significado conotativo.
Para a Semântica Estrutural denotação é o segmento do significado que contém semas genéricos e traços semânticos estáveis, enquanto que a conotação é constituída por semas virtuais, somente atualizados em contextos específicos.
Garcia (1983, p. 161) esclarece a abrangência entre um e outro conceito:
A mesma conceituação pode ser expressa em termos um pouquinho mais claros: denotação é o elemento estável da significação de uma palavra, elemento não subjetivo (grave-se esta característica) e analisável fora do discurso (= contexto), ao passo que a conotação é constituída por elementos subjetivos que variam segundo o contexto.
A seguir, uma seqüência de metáforas relativas ao domínio militar que migraram e se incorporaram, por extensão de sentido, à linguagem do futebol.
Para melhor visualização, esses vocábulos estão apresentados da seguinte forma: o item léxico destacado em caixa-alta. No plano imediatamente inferior (linha abaixo), os significados denotativo (SD) e conotativo (SC). Quando existentes, foram relacionadas situações de parassinonímia.
Encerrando o quadro, a abonação do enunciado, como foi veiculado na mídia, com destaque em negrito para o vocábulo referência.

ARÍETE s.m.
SD Artefato bélico utilizado pelas forças invasoras para arrombar muralhas ou portões de edificações fortificadas.
SC Atacante impetuoso que rompe a defesa adversária.
A Seleção Uruguaia sai mais para o ataque, jogo e tem em Chevanton e Diogo Furlan dois aríetes perigosos. (DSP, Cad. Esp, 17-11-2003 - p. 09)
Nota: Do latim [ariete]

ARTILHEIRO s.m.
SD Soldado que opera peças de equipamento bélico com grande poder de fogo.
SC Jogador que faz muitos gols no transcurso de uma partida ou durante um campeonato. Sinônimo: matador.
O atacante Frontini, 23, artilheiro do Marília no Campeonato Paulista com dez gols, já está falando como jogador do Santos. (FI, /www.futebolinterior.com.br/ 10-05-2005)

BASTIÃO s.m.
SD Parte de uma fortaleza medieval que avança em forma de ângulo saliente, de onde os soldados atiram flechas contra o inimigo.
SC Último jogador do sistema defensivo de uma equipe.
Em termos técnicos, pelo que se tem visto nas últimas rodadas, a coisa começa a ficar parelha, ainda mais depois da saída de Túlio — bastião e ponto de equilíbrio do meio-campo botafoguense. (GB, /www.oglobo.com.br/ - 05-08-2005)
Nota: 1- Do italiano [bastione]
Nota: 2 Vocábulo em desuso.

BATALHA s.f.
SD Combate entre exércitos inimigos.
SC Partida de futebol. Sinônimos: duelo, confronto, guerra.
Os jogadores seguem o mesmo raciocínio do técnico Jair Picerni e apelam para o velho chavão – vencemos apenas uma -batalha. (GE, 22-05-2001 - p. 07)
Nota: Do italiano [battaglia]

BLINDAGEM s.f.
SD Proteção com placas de kevlar para proteger os ocupantes de veículos militares e carros de combate.
SC Sistema defensivo protegido por um grande número de jogadores postados estrategicamente nas proximidades de sua meta.
Apesar da pressão no final, contudo, o Cerro Porteño não teve força para marcar e a blindagem armada por Candinho, que atuou com três volantes e três zagueiros, mostrou eficiência. (UOL, /www.uol.esportes.com.br/ - 03-03-2005)
Nota: Vocábulo formado por derivação sufixal: blindar + agem.

BLITZ s.f.
SD Bombardeio terra-terra e/ou ar-terra
SC Sucessão de ataques de uma equipe sobre a defesa adversária. Sinônimo: bombardeio, carga.
De início, o Corinthians, encetou uma blitz irresistível, perdeu dois gols e, aos 10 minutos, córner da esquerda, Devid de cabeça, rede. (DSP, /www.diariosp.combr/ - 11-04-2002)
Nota: Empréstimo do alemão [blitz]

BOMBA s.f.
SD Projétil explosivo arremessado por peça de artilharia.
SC Chute de grande potência desferido contra o gol adversário. Sinônimos: balaço, canhão, foguete,míssil, torpedo.
Após um bate-rebate na área do Figueirense, a bola sobrou para o meia corintiano, Renato, que mandou uma bomba e acertou a trave catarinense pela primeira vez. (LCE, /www.lancenet.ig.com.br/ - 07-08-2003)

BOMBARDEIO s.m.
SD Ação de lançar artefatos explosivos contra as linha adversárias.
SC Ataques seqüênciados que uma equipe executa contra a defesa adversária.
Sentindo o domínio do adversário, o Bahia intensificou a pressão a partir dos 30min, e promoveu um verdadeiro bombardeio na área bugrina. (PLC, /www.placar.com.br/ - 10-11-2002)
Nota: Derivação regressiva do verbo bombardear.

CASAMATA s.f.
SD Abrigo blindado, em forma de abóbada, que protege os soldados do assédio inimigo.
SC Proteção abobadada, comumente construída de material plástico, que protege do sol, ou da chuva o assento, onde fica a comissão técnica e os jogadores reserva.
Expulso, Somália partiu para cima da casamata adversária, e a vilência foi generalizada, a Brigada Militar entrou em campo e evitou o pior. (ZH, /www.zerohora.com.br/ - 26-03-2005)
Nota: 1- Do italiano [casamatta]
Nota: 2- Trata-se de um emprego restrito à imprensa do Rio Grande do Sul.

CANHÃO s.m.
SD Peça de artilharia.
SC Chute desferido na bola com extrema violência.
Nelinho ficou conhecido mesmo por ser um preciso cobrador de falta, dono de um chute potente, e a fama de seu canhão rendeu até uma inesquecível matéria feita pela TV Globo, em que o lateral chutava uma bola para fora do estádio Mineirão. (GE, /www.gazetaesportiva.com.br/ - 05-02-2004)
Nota: Do italiano [canonne]

CIDADELA s.f.
SD Edificações fortificadas que protegem uma cidade.
SC Conjunto de balizas que constituem a meta. Sinônimos: arco, baliza, meta.
Na confusão do goal, no afã de salvar a sua cidadela, visto que o arco estava desguarnecido por Manuelzinho, Jaminho, num esforço titânico, vai em busca da pelota. (DSP, /www.diariosp.com.br/ - 28-03-2003)
Nota: Do italiano [cittadella]

CONTRA-ATAQUE s.m.
SD Rápida ação ofensiva em resposta a um ataque do inimigo.
SC Situação em que uma equipe sai rapidamente de uma posição defensiva para uma ofensiva.
Porém, na ânsia de chegar logo ao primeiro gol, o Galo abria brechas para o contra-ataque Tricolor, que chegava com perigo na área de Velloso, em jogadas iniciadas pelo armador Carlos Alberto. (GE, /www.gazetaesportiva.com.br/ - 03-09-2003)
Nota: Vocábulo formado pelo processo da composição por justaposição: contra + ataque.

ENTRINCHEIRAR v.i.
SD Proteger-se de ataques inimigos em escavações feitas no campo de batalha.
SC Assumir declaradamente uma postura defensiva, plantando um grande número de jogadores no campo defensivo.
O Cruzeiro saiu em busca do empate, mas o time mexicano se entrincheirou, passou a explorar os contragolpes e o duelo ficou ainda mais difícil. (PLC, /www.placar.com.br/ - 11-03-2004)
Nota: Vocábulo formado pelo processo da derivação parassintética: em + trincheira + ar

ESQUADRÃO s.m.
SD Unidade tática militar.
SC Equipe de grande potencial técnico.
O grande Corinthians mais parecia um time pequeno e diante de um River Plate que, sinceramente, não tem nenhum esquadrão, muito inferior ao River que tinha Saviola, Ortega, Pablito Aimar, sem fazer menção aos grandes esquadrões argentinos do passado. (GE, /www.gazetaesportiva.com.br/ - 01-05-2003)
Nota: Do italiano [squadrone]

ESTAR FORA DE COMBATE sin. v.
SD Ser ferido com gravidade, ficando impossibilitado de continuar combatendo.
SC Deixar de jogar por contusão ou por estar cumprindo pena disciplinar.
O atacante Deivid, que entrou ontem no segundo tempo, foi expulso e está fora de combate para o próximo desafio. (ET, /www.esportes.terra.com.br/-15-02-2001)
Nota: Sintagma verbal expandido.

ESTRATÉGIA s.f.
SD Aplicação de recursos bélicos na planificação de um combate.
SC Exploração de pontos negativos e neutralização dos positivos da equipe adversária, a fim de criar situações favoráveis para uma vitória.
A estratégia montada por Roberto Rojas, com três zagueiros e seis jogadores no meio-campo, deixou Luís Fabiano completamente isolado no ataque. (GE, /www.gazetaesportiva.com.br/ - 06-08-2003)
Nota: Do latim [strategia]

FLANCO s.m.
SD Parte lateral de um exército que está se deslocando.
SC Lado direito ou esquerdo do campo de jogo, paralelo à linha lateral, por onde uma equipe pode traçar uma estratégia ofensiva.
O técnico Antônio Lopes, do Coxa, usa muito as jogadas aéreas, especialmente nas descidas rápidas pelos flancos ou nas faltas laterais e escanteios, buscando o Tuta para o cabeceio. (JS, /www.jsports.com.br/ - 25-04-2004)
Nota: Do francês [flanc]

FOGUETE s.m.
SD Artefato de fogo da artilharia.
SC Chute desferido com grande violência.
Magno Alves disparou um foguete logo a um minuto de jogo e a bola explodiu no peito do bom goleiro Val. (LCE, 14-09-99 - p. 04)

FUZILAR v.i.
SD Matar com o disparo de um fuzil, arma privativa de unidades militares.
SC Concluir uma jogada com um chute extremamente violento, à curta distância, contra a meta adversária.
Aos 9min da etapa final, Romário é lançado na área e dá uma assistência genial para Clebson, que fuzila na saída de Barbat. (PLC, /www.placar.com.br/-14-03-2000)
Nota: Derivação sufixal: fuzil + izar

GUERRA s.f.
SD Confronto armado entre exércitos de duas nações.
SC Partida de futebol.
Segundo Diego, o camisa 10 santista, que já incorporou o espírito da competição sul-americana, o jogo de volta, entre o Santos e o Nacional do Uruguai, nesta quinta-feira, na Vila Belmiro, será uma guerra. (ET, /www.esportes.terra.com.br/ - 07-05-2003)

CAPITÃO s.m.
SD Oficial militar que, hierarquicamente, detém o posto de capitão.
SC Jogador que representa sua equipe perante o árbitro da partida, participando do sorteio no centro de campo.
Aos 23 anos, Fabinho terá a honra de ser o capitão corintiano no amistoso de domingo, contra o Saturn-REN TV, em Moscou. (LCE, /www.lancenet.ig.com.br/ - 04-09-2003)

MUNICIAR v.t.
SD Prover de munição o operador de uma peça de artilharia.
SC Servir os atacantes com lançamentos precisos e bolas bem trabalhadas.
No meio-de-campo, Juninho Paulista e Alex terão a missão de municiar o ataque da Seleção Brasileira, composto por Geovanni e Jardel. (ET, /www.esportes.terra.com.br/ - 11-07-2001)

MURALHA s.f.
SD Grande muro que proteje uma edificação fortificada.
SC Goleiro que pratica defesas milagrosas.
Não podemos tirar os méritos do adversário, principalmente do goleiro Flávio, quer constituiu numa verdadeira muralha. (GE, 10-11-97 - p. 07)
Nota: Derivação sufixal: muro + alha (sufixo aumentativo)

PETARDO s.m.
SD Artefato explosivo disparado por peça de artilharia.
SC Chute desferido com grande violência.
Logo em seguida, foi a vez de Christian dominar, girar e mandar o petardo que tirou tinta da trave. (GE, /www.gazetaesportiva.com.br/ - 31-10-2003)

REDUTO s.m.
SD Fortaleza inexpugnável.
SC Sede ou estádio em que um time manda seus jogos
Mesmo jogando fora de seu reduto, o técnico do Bragantino, Tulio Tangione Neto, exige uma reação. (GE, 11-02-2001- p. 04)

RETAGUARDA s.f.
SD Parte extrema que finaliza o corpo de um exército.
SC Grupo de jogadores que forma a retaguarda defensiva de uma equipe.
O panorama da partida permanecia com os paranistas procurando o ataque e tendo na retaguarda do Tricolor carioca uma fonte aliada, já falhava seguidamente, tornando qualquer cruzamento para a área um lance de perigo. (PLC, /www.placar.com.br/ - 24-08-2003)

TANQUE s.m.
SD Carro de combate blindado.
SC Jogador de grande vigor físico que, utilizando seu corpo, rompe a defesa adversária.
Tanque, lá pelos anos 50, era o centroavante que trombava com os zagueiros: tinha de ser forte, parrudo, pois era ele quem abria a defesa adversária. (Lce, /www.lancenet.ig.com.br/ - 20-07-2004)
Nota: 1- Do inglês [tank]
Nota: 2- Vocábulo geralmente empregado com acepção desvalorativa, contudo grandes seleções e equipes tiveram seus "tanques" que, com grande eficiência, tornaram-se eméritos goleadores: Vavá (Seleção Brasileira, Vasco, Atlético de Madri e Palmeiras), Sérginho Chulapa (Seleção Brasileira, São Paulo, Corínthians e Santos), Luizão (Seleção Brasileira, Guarani, Palmeiras, Deportivo La Coruña, Vasco e Corinthians), etc

TIRO s.m.
SD Disparo de arma de fogo.
SC Chute violento.
Tanto que a única grande chance do Santos no primeiro tempo foi um tiro à queima-roupa de Elano, em lançamento primoroso de Diego, que Sílvio Luís conjurou. (DSP, /www.diariosp.com.br/ - 18-09-2003)

TRINCHEIRA s.f.
SD Escavação feita no local de combate para proteger os soldados.
SC Estratégia defensivista adotada por uma equipe.
Para não perder a vantagem de três gols no saldo do confronto e se classificar para as semifinais da Copa Libertadores, o técnico Cuca deve armar uma trincheira para evitar que os venezuelanos marquem algum gol. (ET, /www.esportes.terra.com.br/ - 24-05-2004)
Nota: Do francês [trancèe]

ÚLTIMO CARTUCHO sin. nom. m.
SD Último projétil para municiar uma arma de fogo.
SC Última investida de uma equipe, nos minutos finais de um jogo, na tentativa de reverter um placar desfavorável.
Depois de ter testado o meia Vandinho, os volantes Dário e Marcelinho, além de Arley e Wellington, especialistas na posição, Renê parece que vai partir para seu último cartucho na lateral-direita. (ET, /www.esportes.terra.com.br/. - 01-09-2000)

VOLANTE s.m.
SD Tropa de assalto de grande mobilidade tática por não portar armamentos pesados.
SC Jogador defensivo que atua na frente dos zagueiros dando o primeiro combate aos atacantes adversários.
Perto da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o São Paulo corre o risco de não poder escalar o volante Gallo, amanhã à tarde, contra o Vitória, no Morumbi. (ESP, /www.estadao.com.br/ - 19-09-1997)

5. Considerações finais
Míssil, foguete, bomba, torpedo, petardo, blitz, bombardeio são vocábulos que compartilham tanto na leitura de qualquer texto alusivo a uma guerra quanto no noticiário esportivo.
A transformação de uma partida de futebol em uma guerra virtual, utilizando-se da linguagem de combatentes, é uma das marcas da mídia brasileira na cobertura de jogos de futebol.
Haja vista que pela sua própria origem existe um estreito relacionamento entre o histórico de jogos com bola, acionada com os pés, e o vocabulário militar.
O jogador de futebol, da mesma forma que soldado, deve ser disciplinado, corajoso, e lutar com valentia. A bravura em combate é fator primordial para superar o oponente. A missão, a ele destinada, é subjugar e aniquilar impiedosamente o oponente.
A função do técnico, como a de um comandante militar, é planejar estratégias ofensivas e defensivas que possam levar sua equipe à vitória.
O campo de jogo se transfigura em campo de batalha, dividindo-se em três regiões: defesa, o meio de campo e o ataque.
A defesa tem a missão de bloquear os avanços do oponente, rechaçar as ações ofensivas, aliviar o perigo, proteger todos os setores vulneráveis e, se necessário, empregar de violência para neutralizar as jogadas do adversário, porém, jamais ceder espaço territorial.
O meio de campo deve propiciar oportunidades de gol para os atacantes. Para isso, é necessário primeiro desarmar para, então, criar em velocidade contra-ataques mortais. A missão é avançar, destruir, dar cobertura e apoio aos atacantes, pressionar o adversário.
O ataque constituído pelo centro avante (o tanque, o matador, o artilheiro) e pelo raçudo e rompedor ponta de lança tem por função furar o bloqueio defensivo e investir como um aríete contra a meta adversária. O meia armador tem a responsabilidade de municiar seus atacantes para que possam, com disparos certeiros, fuzilar o goleiro.
Tudo leva à guerra, o jogo é visto como um combate de vida ou morte: trata-se de matar para não morrer.
O gol, representado pela meta (postes verticais e barra superior) deve ser uma fortificação inexpugnável, o zagueiro um bastião imbatível pelo alto e por baixo. O volante desempenha o papel de um sistema de contra-espionagem, cuja função é destruir as articulações adversárias.
O banco de reservas é a casamata, local em que os soldados se abrigam enquanto aguardam o momento de participar do combate em substituição àqueles que já não podem mais lutar.
Em resumo, a mídia transforma em heróis os jogadores do time vencedor e, por vezes, até mesmo da equipe vencida, desde que eles tenham demonstrado bravura e denodo no campo de luta.