sexta-feira, 18 de março de 2016

60 anos da conquista do Pan-Americano do México pelo Brasil

A seleção brasileira jogou sua primeira partida em 1914, mas só ganhou o seu primeiro título no exterior em 1952, no Pan-Americano do Chile. Na sua segunda conquista do grupo de 1956 do Pan-Americano do México, 08 dos 22 jogadores eram do Inter: Florindo, Odorico, Oréco, Jerônimo, Luizinho, Bodinho, Larry e Chinesinho.
Foi uma campanha invicta de quatro vitórias e um empate em cinco jogos, com apenas 5 gols contra e 14 a favor, um de Ênio Andrade do Renner, um de Raul Klein do Floriano de Novo Hamburgo, e os outros 12 de craques do Internacio­nal - Larry e Chinesinho quatro de cada, Bodinho três e Luizinho um.
E você poderá ficar mais por dentro deste campeonato, lendo o excelente trabalho realizado pelo Eduardo Valls, na obra "1956 Uma epopeia gaúcha no México". Obra que se encontra a disposição no acervo da Biblioteca Zeferino Brazil.

" Para os que estiveram lá, parece que foi ontem. Para muitos - principalmente para as novas gerações - o ano de 1956 deve ser tão longínquo quanto a época do futebol chinês.
Independente do tempo, a conquista invicta do Pan- Americano do México ressurge agora em detalhes. São histórias de um humanismo contundente, de um humor ingênuo e surpreendente, de lances magistrais de nossos atletas e também, e por que não, da tradicional malandragem brasileira.
O Rio Grande do Sul aceitou o desafio de representar o Brasil e foi ao combate.
No campo adversário: argentinos, peruanos, chilenos, costarriquenhos e mexicanos.
Na volta para casa o caneco veio junto."




Ênio Andrade, Figueiró e Raul Klein na companhia dos mariachis

Em pé: Valdir, Oréco, Florindo, Ênnio Rodrigues e Duarte. 
Agachados: Luizinho, Bodinho, Larry, Ênio Andrade, Chinesinho e o massagista Bisacardi

O capitão Ênnio Rodrigues faz a entrega simbólica do troféu Jarrito México ao presidente Juscelino Kubischeck, no Palácio do Catete. 


Curiosidade retirada do livro:
"A partida assumia requintes de dramaticidade. O capitão Énnio Rodrigues lesionou-se e precisou ser atendido pelo médico Derly Monteiro e o massagista Moura atrás da goleira de Sérgio. Quando Félix Castilho, sempre ele, driblou dois adversários e entrou área adentro para marcar o gol de empate, Moura atirou a maleta do doutor Derly na bola, fazendo com Que o habilidoso ponteiro peruano se perdesse na jogada. O sururu foi geral. Os peruanos queriam a prisão perpétua do massagista brasileiro. Houve troca de empurrões entre vários jogadores, e a pequena área ficou cheia de mercúrio, éter, iodo, algodão e vela. O árbitro não sabia o Que marcar, já que o livro de regras era omisso nesse artigo. Decidiu, diplomaticamente, pela cobrança do escanteio."




Fonte do texto e das imagens: Livro, 1956 Uma epopeia gaúcha no México. Eduardo Valls. Editora WS RS, 2005. Obra disponível no acervo da Biblioteca Zeferino Brazil.

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