8 de Março: saudando o Feminino Colorado
“(...) Maria, Maria, é um dom, uma certa magia, uma FORÇA que nos alerta. Uma MULHER que merece viver e amar como outra qualquer do planeta”, através desta letra e música de Milton Nascimento e Fernando Brant, buscamos saudar todas as Marias, Alaydes, Jessys, Alziras, Helenas e todas...todas que em suas trajetórias traçaram os rumos da presença feminina na história do Sport Club Internacional.
Hoje poderíamos fazer de cada nome de Mulher uma poesia. Mas vamos além, vamos fazer um Hino de Luta e Persistência. Um Mantra de Resistência, ungido pela determinação, pela igualdade, pelo respeito e pelo trabalho comprometido com toda uma sociedade.
O Internacional carrega consigo a marca da presença feminina desde seus primórdios, “o belo sexo” ou “as Ladies” (expressões usadas pela imprensa no início do século 20), sempre esteve presente na história deste clube. As Senhoras, desde os primeiros matchs participavam, contribuindo, com alegria e fineza para que os embates fossem agradáveis.
Esta verdade é tão soberana que em 1918 o Sport Club Internacional, rompendo paradigmas e promovendo igualdades, aceitou a primeira mulher em seu quadro social. No dia 02 de abril de 1918 na oitava Sessão da Diretoria, presidida pelo Sr. Pedro Chaves, o ex-presidente Heitor Carneiro apresentou a Senhorita Maria Von Ockel para compor o quadro de sócios do Inter.
Vale lembrar que foi também neste ano, depois de um Congresso de Foot-Ball realizado em Porto Alegre, junto a sede da Revista Máscara, que foi criada a Federação Rio-Grandense de Desporto. Os tempos estavam mudando...
Esta verdade é tão soberana que em 1918 o Sport Club Internacional, rompendo paradigmas e promovendo igualdades, aceitou a primeira mulher em seu quadro social. No dia 02 de abril de 1918 na oitava Sessão da Diretoria, presidida pelo Sr. Pedro Chaves, o ex-presidente Heitor Carneiro apresentou a Senhorita Maria Von Ockel para compor o quadro de sócios do Inter.
Detalhe da Ata |
Foto 1 |
Mas o Inter além de ter a primeira Mulher em seu quadro de associados, também teve o ineditismo de contar com a presença feminina em seu Conselho Deliberativo. Jessy Bellomo Mancuso foi uma Colorada abnegada pelo Internacional, contando com a dedicação e apoio das Sras. Neith Luzardo Ulriche e Alzira Feijó Medeiros desenvolveu trabalhos na área social que culminaram na criação do Centro Feminino de Assistência Social do Internacional-CEFASI. Centro que mais tarde, junto com a Divisão Cultural-Biblioteca, deram origem a Fundação de Educação e Cultura do Sport Club Internacional – FECI.
Para saudar à todas que com sua determinação, graça e garra dedicaram e ainda dedicam, suas vidas edificando tempos de eqüidade lembramos um verso de Gloria Martín, escritora espanhola, que nos diz: “(...)Cuanto trabajo para una mujer saber, quedarse sola e envejecer.”
Sejamos sempre Marias e Clarices, Leilas, Beatriz ... sejamos sempre o Feminino que em sua pluralidade borda um social mais igual.
Jessy Bellomo Mancuso |
Sejamos sempre Marias e Clarices, Leilas, Beatriz ... sejamos sempre o Feminino que em sua pluralidade borda um social mais igual.
Lançamento Futebol Feminino |
Fontes:
- Foto 1:Revista Máscara ano I nº 16 p.25 in Soares, Ricardo Santos. O Foot-Ball de Todos: Uma história social do futebol em Porto Alegre 1903-1918. PUCRS, Porto Alegre, 2014- Dissertação de Mestrado;
- Livro de Atas do Conselho Deliberativo do Sport Club Internacional- Nº2 1912/1920;
- Jornal do Inter nº8 1978 p.12
- Acervo Pessoal de Jessy Mancuso
- Página do Povo do Clube/Facebook
- Página da Força Feminina Colorada/Facebook
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