Glória do desporto nacional!

Oh, Internacional

Que eu vivo a exaltar

Levas a plagas distantes

Feitos relevantes

Vives a brilhar

Correm os anos, surge o amanhã

Radioso de luz, varonil

Segue a tua senda de vitórias

Colorado das glórias

Orgulho do Brasil

sábado, 29 de outubro de 2016

Internacional: o legado de um Clube “Orgulho do Brasil"

Ao virmos comemorar mais um dia nacional do Livro, 29/10, queremos agradecer à todas as pessoas que sob a “senda de vitórias” do Internacional contribuíram para a construção de uma vitória inédita em um Clube de Futebol na América: a Biblioteca Zeferino Brazil.
A Biblioteca Zeferino Brazil faz parte do Inter desde 1929 por iniciativa de um Colorado abnegado e sabedor de que esporte e cultura são partes essenciais para o desenvolvimento de qualquer sociedade, falamos de Saul Totta. O acervo desta Biblioteca é fruto de doações feitas por milhares de pessoas de diversos segmentos sociais e de todos os rincões deste Brasil.
Em 1944 a Biblioteca, que antes ficava na sede administrativa do Clube, foi levada para o Estádio dos Eucaliptos e nos anos 70 veio para o Beira-Rio e foi instalada no 2º Andar do Gigantinho. O acervo deste espaço de cultura e conhecimento conta hoje com mais de 82 mil exemplares e com o desbaste das doações que recebe, continuamente, abastece mais de 08 Bibliotecas Comunitárias em Porto Alegre.
Ao saudarmos o Dia Nacional do Livro buscamos fazer uma singela homenagem aos saberes que uma obra pode conter, ao mais diversificado universo de usuários que um acervo geral pode atender, à todos que ajudaram a construir esta Biblioteca, espaço pleno de uma alcunha social e democrática e aos Colorados que sempre batalharam para tornar a Biblioteca do Inter uma realidade acessível à todos.
Ao saudarmos o dia 29/10  saudamos o ineditismo do Sport Club Internacional que históricamente continha, desde 1925, em seu estatuto no artigo 67 a aquisição de livros para o Clube.
A Biblioteca Zeferino Brazil é  a prova incontestável de que o Internacional mantém sua tradição democrática – Clube do Povo – pois é a única em um clube de futebol na América a ser de utilidade pública e fazer parte do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.
Golaço do Inter!!!                    


Texto:Ana Maria Froner Bicca –Bibliotecária
Fonte: Acervo da Biblioteca Zeferino Brazil

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Futebol Feminino: pioneirismo no Internacional

Que o Sport Club Internacional traz em seu legado a presença da mulher em sua história, isto já é fato para quem bem conhece seu Clube. Maria Von Ockel em 1918, primeira sócia feminina no Inter, deu início a participação da mulher  na grandeza deste Clube.
Citamos Maria para falar de  Daniela, de Suzana, de Sabrina, de Eduarda, de Ligia e tantas outras mulheres que trilharam o mesmo caminho: o pioneirismo em uma prática esportiva hegemonicamente masculina – o futebol.
Desejamos,  principalmente, falar de um Clube que em sua história teve a grandeza de criar um time de Futebol Feminino. O primeiro time surgiu em 1984 e já em 1987 o Inter consagrava-se em 3º Lugar no Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino.
Durante vários anos, no Rio Grande do Sul, não existiram  relatos de outra instituição com a estrutura do Inter apoiando o Futebol Feminino. E em 1996 por iniciativa de uma ex-atleta, Eduarda M. Luizelli, o Internacional retoma a prática do Futebol Feminino.
A partir deste feito, o futebol das Gurias deslanchou. O Inter foi vitorioso em várias competições.
E não era só no futebol de campo que as vitórias eram rubras, o futsal também demonstrava sua força e participação.
O Internacional sempre soube a hora de apostar em seus talentos. As atletas que despontavam com o futebol,  consolidavam , oportunamente, o Clube como a instituição que maior apoio prestava à prática desta modalidade.
As conquistas se multiplicavam, o Internacional  foi Tri-Campeão Gaúcho, conseguiu o 5º Lugar no Campeonato Brasileiro em 1999.
Em 2000 a equipe Colorada consagrou-se Campeã da Copa Sul e em 2001 conquistou o Bi-Campeonato , também neste ano foi Campeã da Copa Cidade de Gravataí e ficou com o 3º Lugar no Campeonato Brasileiro.
Com todos os resultados positivos alcançados ao longo das temporadas, as atletas do Futebol Feminino do Internacional também tiveram participação no selecionado brasileiro. Desde 1999 o Inter teve representação na Seleção Brasileira. As  primeiras convocadas, em 1999,  foram Sônia e Maria depois em 2002  Priscilla, Solange, Rosana Maria e Karina representaram o Internacional. Neste ano o Inter conquistou o Tetra Campeonato Gaúcho depois de jogar a final com o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.
  Em 2003 o Inter foi Campeão dos Jogos de Porto Alegre nas categorias Mirim, Infantil e Juvenil e Vice Campeão na categoria Infanto. Todos no futebol de campo. E a equipe adulta do Internacional foi Tri Campeão Adulto no Metropolitano, Campeão Brasileiro com a Infantil, Vice Campeão Brasileiro com a Infanto Juvenil. Além de outros títulos como Campeão do Torneio Emancipação em Novo Hamburgo e Penta Campeão Gaúcho.
  No ano de 2004  o Internacional mais uma vez cedeu atletas para a Seleção Brasileira: Rosana e Solange foram convocadas para formar a equipe que disputaria os Jogos Olímpicos de Atenas.
   O sucesso das Meninas do Futebol do Inter sempre foi promissor ao Clube. A banda Skank durante uma temporada de shows em Porto Alegre fez questão de bater uma bola com as atletas do Internacional.
 O feminino sempre esteve presente na grandeza deste Clube
Fichas de algumas atletas do futebol feminino
Fonte: Arquivo Histórico/Departamento de Futebol
Grupo feminino da década de 1980
Material promocional da equipe feminina - década de 1990

Texto:Ana Maria Froner Bicca – Bibliotecária do SCI
Fonte:Acervo da Biblioteca Zeferino Brazil/Arquivo Histórico SCI

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Internacional: Grandeza na História do Futebol Brasileiro

Quando verbalizamos a máxima do Inter ser “o clube do povo”, não estamos somente repetindo uma idéia repassada em 107 anos de vida. Quando exaltamos os títulos do Internacional, não estamos só reprisando campanhas vitoriosas ...estamos consagrando “feitos relevantes”. Pois sim, o Internacional em sua história de glórias e conquistas desde sua fundação edifica-se em feitos relevantes. Feitos sociais e esportivos. Pois esporte é social.
O Internacional com apenas quatro anos de existência já administrava seus jogos, ingressos eram cobrados, havia uma estrutura para se concretizar em realidade. Precisava-se  de fundos.
O nosso Inter sempre se  preocupou em construir um patrimônio para seus torcedores, em ter sede própria, com jogadores felizes e satisfeitos por fazerem parte de seu plantel.
O profissionalismo no futebol só foi instaurado em 1933 no Brasil , contudo o Internacional em 1917 já pagava  entre 15 e 10 mil réis de diárias para seus jogadores e quando fosse necessário auxiliava os jogadores que se lesionavam;  tivemos o caso do jogador Lúcio Assumpção em 1918 que  recebia 100 mil réis mensais como ajuda. A ajuda perdurou até ele se restabelecer. Os jogadores do Inter em 1929 já usavam o regime de concentração, na antiga Chácara dos Eucaliptos e em 1935 contava oficialmente com um sistema de remuneração aos atletas. Havia o auxílio-ordenado, a mesada , o complemento (luvas), a participação (bicho) e a colocação (emprego fixo).
Em 1918 o Internacional, pioneiramente, admitia Maria Von Ockel como sócia.  Primeira mulher a associar-se a um Clube de Futebol no Brasil. Sua indicação foi realizada pelo presidente Heitor Carneiro. Jogadores afro-descendentes começaram a compor o time do Inter em 1928, Dirceu, Chatinho, Bagre e Davi. Em 1932 chegou ao time o Tupan e em 1939 Tesourinha –todos da cidade de Porto Alegre, da Liga da Canela Preta. Haviam  os  atletas  negros que vinham do interior, Alfeu de Bagé e Ávila de Pelotas além daqueles da várzea porto-alegrense como  Abgail, Nena, Adãozinho, Alfeu e Niquelagem.
Pioneirismo, popularidade, compromisso social edificado em ações esportivas. Este é o Internacional que em 1940 criava a primeira torcida organizada, sendo responsáveis por ela Vicente Rao e Peri Azambuja. Vicente Rao foi o responsável por consagrar o Inter como o Clube do Povo. Suas publicações avulsas faziam alusão à um clube de todos, um clube de negros e brancos.

Sim o Internacional é  grande. É gigante. É um marco na história do futebol brasileiro.

Confira mais sobre a grandeza do seu Clube no acervo da Biblioteca Zeferino Brazil e do Arquivo Histórico.

Texto: Ana Maria Froner Bicca – Bibliotecária do SCI
Fontes: 
Flâmula - Museu do Sport Club Internacional - Ruy Tedesco
Foto - Arquivo Histórico Sport Club Internacional

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O Judô do Inter!

O Judô foi criado por Jigoro Kano, em 1882. Com base no Jiu-Jitsu. O Judô domina a técnica, e não a força, transmitindo aos seus praticantes o espírito de humildade, disciplina, respeito ao adversário, maturidade, tranquilidade e paciência. 
No Rio Grande do Sul, o surgimento do Judô ocorreu durante a década de 1950 -1960. Saiba mais: Atlas esportivo

Distintivo do Departamento de Judô em 1982
A referência mais antiga que encontramos sobre judô no Internacional é da Revista Colorada anunciando a criação do Departamento de Judô.
Revista Colorada - Maio de 1958
Mas, foi em fevereiro de 1982 que o Departamento de Judô do Sport Club Internacional começou a ter notoriedade. O departamento foi recriado com o intuito de oferecer uma opção a mais de esporte e lazer a seu quadro social, participando e conquistando diversos campeonatos.

Relatório Departamento de Judô 1983
Fonte: Arquivo Histórico.
Em média os atletas do Judô disputavam 14 torneios oficiais por ano, dentre eles o citadino, estadual individual e em equipe, nacional e internacional. Abaixo alguns fragmentos do relatório do departamento no ano de 1983, no qual conta os detalhes  do campeonato Estadual:


Testemunha desta época, o colorado Lauricio Cloves Santos da Silva trouxe seu álbum de fotografias para compartilhar conosco um pouco da sua história enquanto representava o Inter no Judô.

Lauricio, entrou no clube em 1984 onde ficou até o fim do departamento em 1989.


Em 2011, o Judô do Inter, treinado por Luís Moraes, obteve bom resultado através da judoca Andréia Scherer Rocha, que foi campeã do Campeonato Brasileiro Regional (Sul) que reuniu os principais lutadores do sul do país. A atleta venceu na categoria Sub-17 e foi vice-campeã na categoria Sub-20.
Equipe Judô Internacional 2011


Fontes
Revistas - Biblioteca Zeferino Brazil
www.atlasesportebrasil.org.br/textos/253.pdf
http://www.internacional.com.br/

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Salvador

Nascido no dia 16 de outubro de 1931, Milton Alves da Silva conhecido como Salvador, foi um habilidoso jogador pelo Internacional no período de 1950 a 1953. Abaixo um dos seus contratos federativos:
Fonte: Departamento de Futebol
Fonte: Revista do Globo - Nº 543 - Ano XXIII - acervo do Memorial Landell de Moura

Matéria publicada na Revista do Inter, edição nº 24,  por André Baibich 

Jogadores brasileiros despertando o interesse de clubes estrangeiros é algo comum no mundo do futebol nos dias de hoje. Mas este panorama era muito diferente nos anos 50. Fazer sucesso fora do Brasil era tarefa para alguns poucos atletas diferenciados. Um deles foi o meio-campista Salvador, integrante da equipe colorada nos anos 50. 

Antes de se tornar ídolo no Inter e conquistar os torcedores do Peñarol, do Uruguai, e do River Plate, da Argentina, Milton Alves da Silva era um menino franzino que defendia a equipe do Colégio Pão dos Pobres, de Porto Alegre. Após ver uma série de jogos difíceis decididos pelo talento de Milton, colegas e professores o apelidaram Salvador, nome que o acompanhou por toda a brilhante carreira nos gramados. 
O primeiro clube de Salvador foi o Força e Luz, de Porto Alegre. O destaque do meio-campista foi imediato e ele logo chamou a atenção do Inter, que o levou em 1951. A equipe colorada estava sendo reestruturada, vindo de uma década vitoriosa, marcada pela formação do famoso “Rolo Compressor”, de Tesourinha e Carlitos. 
O torcedor não lamentou por muito tempo o fim daquela geração. Logo, grandes jogadores como Larry, Bodinho e o próprio Salvador se juntaram para formar a equipe que seria apelidada de “Rolinho”, sob o comando do lendário treinador Teté. Quando Salvador chegou, o Inter era o atual campeão gaúcho e acabou conquistando, com a presença do meio-campista, mais três títulos consecutivos, fechando o tetracampeonato entre 1950 e 1953. 
Em 1954, Salvador participou de um dos Gre-Nais inesquecíveis da história, em partida válida pelo torneio de inauguração do Estádio Olímpico. A equipe colorada massacrou o rival, aplicando uma goleada de 6 a 2. “Junto com o Larry e o Bodinho, o Salvador acabou com aquele jogo”, lembra o ex-companheiro Milton Vergara. 
A história de Salvador com a camisa colorada se encerrou no ano seguinte, com mais um título gaúcho. A saída foi motivada por um amistoso disputado entre Inter e Peñarol, no qual o jogador demonstrou sua conhecida visão de jogo e elegância nos passes e arrancadas. Quando o lendário Obdulio Varela deixou o clube uruguaio, os dirigentes não tiveram dúvidas de quem buscar para fazer a substituição. 
Alguns anos depois da ida de Salvador para o Peñarol, o Inter visitou Montevidéu para mais um amistoso contra os uruguaios. Os amigos Salvador e Milton Vergara então combinaram de se encontrar e passear pela cidade. “A gente não conseguia dar dois passos sem alguém parar ele e pedir autógrafos. Ele tinha muita moral por lá”, lembra o ex-goleiro colorado. 
Salvador ainda foi ídolo do River Plate, da Argentina, antes de encerrar a carreira. Sua importância na história do Internacional pode ser verificada pelas palavras de Milton Vergara, que afirma: “muitos jogadores de grande qualidade jogaram no Inter nessa posição, como o Falcão, por exemplo. Mas igual ao Salvador, não teve nenhum”.